15 janeiro 2007

Parabéns, Nitas, pelos teus 60 verdes anos!

Para a Nitas, a futura avó, a mulher prendada, a esposa querida, a mãe babada, a irmã cúmplice, a cunhada terna, a tia meiga e solícita... que hoje faz 60 anos! Que a tua estrada da vida seja longa, e feliz seja a jornada. Que vás com Deus! (... e connosco).

Alice, Luís, Joana e João
Alfragide, 15 de Janeiro de 2007


Parabéns a Você !

Nasci em quarenta e sete
Do louco século passado,
Sou do tempo da Internet
E do circuito integrado.

Fui à Lua, fui a Marte,
Graças à televisão,
No meu tempo era arte
Seduzir um bonitão.

De família numerosa,
Fui a menina prendada,
Ajudei a mana Rosa,
P’ra poder ser diplomada.

Meu pai, quero ir estudar
Para o Porto, p’ra cidade,
E lá poderei casar
Em chegando a idade.

À família fiz um hino,
Sendo a coisa mais querida,
Não me queixo do destino
Nem das agruras da vida.

Com um sorriso para todos,
Sou uma mulher de trabalho,
Uso sempre de bons modos,
Mesmo quando vos ralho.

É pesada esta carga
Para uma mulher pequenina,
Pode às vezes ser amarga,
P’ra um coração de menina.

Se há na terra um purgatório
É o sítio onde trabalho,
É no meu laboratório
Que provo o quanto valho.

Não me bato ao Excelente
Por vaidade ou presunção,
Que a minha obra não mente
Na hora da avaliação.

E lá por fazer sessenta,
Não pensem que arrumo a bata,
O coração ainda aguenta
E de vocês não estou farta.

Saúde para o meu Gusto,
Pr’os meus filhos, alegria,
É o voto ardente e justo
Que faço neste meu dia.

Eles são a melhor prenda
Que a vida me podia dar,
Dou-me a Deus em oferenda,
Vou com Deus continuar.

E p’ro resto do caminho
Virão netos, com certeza,
Alegrar o meu cantinho,
Enchê-lo de mais riqueza.

01 janeiro 2007

A Consoada e as Janeiras

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar.

Viva o dono cá da casa,
Que nos deu este jantar,
Mesmo com um grão na asa,
Eu a todos vou saudar.

Obrigado, tio Gusto,
Foi ‘ma Santa Consoada,
Não vou perguntar o custo
Desta bela jantarada.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar

Obrigado, tio Gusto,
P’la posta de bacalhau,
Consegui comê-la a custo,
Não era posta, era um calhau.

Mandam-me ser responsável
Em matéria de consumo,
Mas é pouco aceitável
Nesta mesa só ter sumo.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar

Viva a fada deste lar,
Que dá o melhor que tem,
É por muito nos amar
Que a gente de longe vem.

Senhora Dona Aninhas,
Podem faltar as filhós,
Que o melhor são as prendinhas
Lá das pencas de Candoz.


Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar

A ajudante de cozinha
É a nossa q’rida Berta,
É uma babada avozinha,
Com mais uma linda neta.

Do nosso amigo José,
Pai da Sandra e do Miguel,
Dirão os netos que é
Um torrãozinho de mel.


Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar

É um avô muito feliz,
Com três belos repimpolhos,
Não é ele que o diz,
Vê-se o brilho nos seus olhos.

Um tipo muito porreiro
É também o nosso Pedro,
Marra às vezes como um Carneiro,
P’ra ninguém isso é segredo.


Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar.


Os doutores que à mesa ‘stão,
São dois tipos do carago,
De Lisboa, o João,
E o do Porto, o Tiago.

Já receitam aspirina,
Só não abrem corações,
Estão a acabar medicina
Os nossos dois valentões.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar


É mouro, o meu cunhado,
Não é caso p’ra ter pena,
Já tem lugar reservado
Neste hotel da Madalena.

De Lisboa com amor
Veio a Alice, minha mana,
P’rá festa ter mais calor,
Trouxe com ela a Joana.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar


Nesta quadra natalícia,
Falta saudar os mais VIP
A Sofia e a Patrícia,
O Rui e o Luís F’lipe.


Seus sorrisos calam fundo,
Não há melhores prendinhas,
Nada mais belo no mundo,
Que as nossas criancinhas.

Filhos do Rui e da Sandra,
O João Pedro e a Leonor,
Esta é a mais malandra,
Mas também um rico amor.

Filhos de Pedro e Patrícia,
O Diogo e a Tatiana
São também uma delícia,
Uma canalha bacana.
.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar


Mesa farta, caldo quente,
Na ceia de fim de ano,
É sinal de boa gente,
Bato à porta, não m’ engano.

Boas festas, Senhor Gusto,
Eu que sou seu convidado,
É com gosto, não a custo,
Que lhe digo obrigado.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar


Já lá vai o dois mil e seis
Que não nos deixa saudade,
Com os dedos sem anéis,
Salvou-se a maternidade.

Nasceu a bela Maria,
Alegria dos avós,
Do Miguel e da Sofia,
Prenda para todos nós.

Dois mil e sete, ano novo,
Saúde e algum dinheiro,
P’ra esta gente, este povo,
Dos Soares aos Carneiro.

Refrão

Boas festas, meus senhores,
Boas festas q’remos dar,
Vós sois todos uns amores,
E juntos vamos cantar


Madalena, noite de Consoada, 24 de Dezembro de 2006 / Ceia de Ano Novo, 31 de Dezembro de 2006